Pesquisadores na Indonésia descobriram restos mortais com 3.000 anos de idade que correspondem a 66 pessoas, numa caverna em Sumatra, Indonésia.
"Sessenta e seis é muito estranho", disse num comunicado Truman Simanjuntak do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nacional de Arqueologia de Jacarta. Ele e seus colegas nunca antes haviam descoberto tantos restos mortais numa única caverna, acrescentou Simanjuntak.
A caverna é conhecida como Harimaru ou Caverna do Tigre, e também contém restos mortais de frangos, cachorros e porcos. Há milhares de anos, a Caverna do Tigre e outras cavernas calcárias nas proximidades foram ocupadas pelos primeiros fazendeiros da Indonésia.
Eles usaram as cavernas para enterrar os seus mortos, explicando o cemitério com 3000 anos de idade descoberto pela equipa de Simanjuntak. Os antigos fazendeiros também fabricavam ferramentas nas cavernas.
E eles aparentemente também faziam arte. A este propósito, a Caverna do Tigre contém a primeira evidência da arte rupestre da ilha de Sumatra, disse Simanjuntak. E um facto interessante é que a caverna foi apenas parcialmente escavada, faltando ainda muito por conhecer.
"Ainda há traços cada vez mais profundos de ocupação na caverna, onde não temos escavado ainda", disse ele. "Isso significa que a caverna é muito promissora". As datas das descobertas até agora apontam a ocupação da caverna para um momento em que toda a população da Terra era de apenas 50 milhões.
A dinastia Zhou governava a China, e a prospera era da Nova dinastia do antigo Egipto, durante a qual Tutankamon reinou, estava a chegar ao fim. A arte rupestre recém-descoberta em Sumatra é nova para os padrões arqueológicos: A arte mais antiga de rocha conhecida é encontrada em França e remonta a 37.000 anos.