Quando Jorge Mario Bergoglio ganhou a votação do conclave papal para novo papa ontem (13 de março), ele também anunciou seu novo nome: Francisco I.
O nome é uma referência a São Francisco de Assis, um frade católico venerado que viveu no século 13. São Francisco é o santo padroeiro dos animais e do meio ambiente. Ele era conhecido pela sua dedicação à pobreza e à reforma, facto que pode enviar um sinal sobre as preocupações do novo papa.
Mas os papas nem sempre escolheram um apelido papal, também conhecido como um nome de reinado. E hoje, eles raramente têm sido muito criativos com a escolha apesar do nome dever ser uma reflexão profunda e pura da história católica e dos seus valores. O primeiro papa a mudar o nome próprio foi o Papa João II, que liderou a Igreja Católica entre 533 e 535.
João II nasceu Mercurius, um nome que honra o deus romano Mercúrio. O novo papa sentiu que um nome derivado da mitologia romana não era apropriado para a cabeça do cristianismo, então ele decretou que passaria a ser chamado de João II.
Nem todos os papas seguiram o exemplo, mas a maioria começou a escolher nomes de reinado para si, no século 10. O Papa Marcelo II foi uma exceção à regra - eleito em 1555, ele manteve o seu nome de nascimento. Nenhum papa posterior manteve o seu nome de nascimento.
Quatro nomes, nomeadamente João, Bento, Gregório e Clemente, foram responsáveis por 55 dos 129 papas que governaram desde que a renomeação se tornou a norma. No entanto, os nomes podem enviar sinais fortes. O Cardeal Albino Luciani escolheu o nome de João Paulo I, em honra aos dois papas anteriores a si, uma escolha amplamente vista como uma declaração de continuidade.
Às vezes os papas apontam para um apelido mais humilde do que o seu nome de nascimento. O Papa Sérgio IV (1009-1012) nasceu Pietro, ou Pedro, um nome que faz referência ao primeiro Papa da Igreja, São Pedro. O nome do novo papa, Francesco em latim ou Francisco I, é a primeira vez que é usado como nome papal.
