É oficial: A vida primitiva pode ter existido em Marte diz a NASA. Uma amostra de Marte perfurada a partir de uma rocha pelo veículo Curiosity, da NASA, e estudada por instrumentos a bordo "mostra que Marte poderia ter suportado a vida de micróbios", anunciaram oficiais da NASA ontem (12 de março), num comunicado e conferência de imprensa.
A descoberta vem apenas sete meses após o rover Curiosity aterrar em Marte para passar pelo menos dois anos a determinar se o planeta poderia ter abrigado vida primitiva.
"Uma questão fundamental para esta missão é se Marte poderia ter suportado um ambiente habitável", disse Michael Meyer, cientista-chefe de Exploração a Marte da NASA. "Pelo que sabemos agora, a resposta é sim".
"Uma questão fundamental para esta missão é se Marte poderia ter suportado um ambiente habitável", disse Michael Meyer, cientista-chefe de Exploração a Marte da NASA. "Pelo que sabemos agora, a resposta é sim".
O Curiosity perfurou uma rocha a 8 de fevereiro, num afloramento chamado John Klein, indo mais fundo do que qualquer robô já tinha ido no Planeta Vermelho. Duas semanas depois, o rover transferiu os resultados das amostras de pó e cinza a dois instrumentos a bordo chamados Química e Mineralogia (CheMin) e análise de amostras em Marte, ou SAM.
Os instrumentos identificaram alguns dos ingredientes químicos essenciais para a vida neste pó, incluindo enxofre, nitrogénio, hidrogénio, oxigénio, fósforo e carbono. O local também contém minerais de argila, sugerindo um ambiente aquoso e salgado há muito tempo atrás, disseram pesquisadores - ou seja, um lugar que provavelmente era habitável.
O Curiosity aterrou em Marte, na cratera Gale, a 5 de agosto do ano passado, dando início a uma missão de dois anos para determinar se o planeta vermelho já foi capaz de suportar a vida microbiana. CheMin e Sam são dois dos 10 instrumentos que o veículo tem para essa busca, tendo já feito uma série de descobertas interessantes [O que o curiosity encontrou em Marte?].