Parece um SUV regular e anda como um SUV regular. Ele tem também opções comuns aos SUV regulares, como assentos aquecidos e um display no painel de instrumentos informatizados. Mas ao andar nele, você vai descobrir que é silencioso - porque não tem motor.
Em vez disso, o veículo funciona exclusivamente a partir de células de combustível de hidrogénio, e produz apenas vapor de água pelo escape. A Hyundai divulgou esta semana o Fuel Cell ix35, o primeiro veículo do mundo movido a hidrogénio previsto para produção em massa.
Os carros parecem destinados ao mercado automóvel europeu: a União Europeia (UE) já começou a construção de uma rede de estações de reabastecimento de hidrogÉnio em todo o continente, reporta o New Zealand Herald, e a Hyundai assinou um contrato com a cidade de Copenhaga, na Dinamarca, para abastecer uma frota de 15 ix35s.
O hidrogénio como combustível não é uma ideia nova. No seu romance de 1874 "A Ilha Misteriosa", o mestre de ficção científica Júlio Verne, previu a ascensão do hidrogénio como fonte de energia. O hidrogénio também alimentou vaivéns espaciais da NASA e os módulos Apolo que levaram os astronautas americanos à lua.
Os sistemas de combustível de hidrogénio funcionam através da combinação de gás comprimido hidrogénio com o oxigénio, a combinação desses dois elementos produz uma carga elétrica. O único subproduto é a água, sendo que os carros movidos a hidrogénio emitem vapor de água ou uma pequena gota de água.
Por causa da escassez de postos de abastecimento de hidrogénio o uso de veículos movidos a hidrogénio faz mais sentido em veículos que retornam para o mesmo local todas as noites, como frotas do governo. Cidades como Basileia, na Suíça, e Flint, no Michigan, fizeram experiências com veículos movidos a hidrogénio.
Mas o custo continua proibitivo, mesmo para compradores do governo. O ix35, que a Hyundai planeia para o mercado consumidor em 2015, é esperado vir com um preço superior a US $100.000.
Como esses veículos crescem em popularidade, no entanto, o preço pode ficar menor e menor. "Os custos de sistemas de células de combustível só têm, ao longo dos últimos anos, caído num fator de 10", de acordo com uma nota de imprensa da Empa, um instituto de pesquisa europeu, "e o fim dessa tendência ainda não está à vista".
