Pinguim fósseis de 10 a 12 milhões de anos foram desenterrados na África do Sul, a mais antiga evidência fóssil destas aves em África.
A nova descoberta, detalhada na edição de 26 de março do Jornal de Zoologia da Linnean Society, poderia lançar luz sobre porque o número de espécies de pinguins caiu na costa de África de quatro espécies há 5 milhões de anos para apenas uma atualmente - Demersus Spheniscus.
Daniel Thomas, pesquisador do Museu Nacional de História Natural e o seu colega Daniel Ksepka do Centro de Síntese Evolucionária Nacional estavam estudando sedimentos de rocha perto de uma usina siderúrgica em Cape Town, África do Sul, quando descobriram uma variedade de fósseis, incluindo 17 peças que acabaram por ser ossos das costas, peito, pernas e asas de pinguins antigos.
Os ossos sugeriram ques estas aves antigas variavam entre 30 e 90 cm de altura. A descoberta empurra para trás o registo fóssil de pinguins em África por pelo menos 5 milhões de anos. No entanto permanece complicado determinar exatamente porque a maioria das espécies de pinguins desapareceu de África.
Uma possibilidade é que a mudança do nível do mar eliminou a maioria dos locais de nidificação dos pinguins. Há cerca de 5 milhões de anos, os níveis do mar eram 90 mt maiores do que hoje, e a baixa altitude da África do Sul tornou-se uma colcha de retalhos de ilhas.
Essas ilhas serviram para várias espécies de pinguins criar ninhos e criar os seus filhotes enquanto os abrigavam dos predadores. Os restantes pinguins de África também estão em declínio. Os seus números caíram 80%, em parte porque os seres humanos pescam em excesso os seus alimentos básicos, como a sardinha e as anchovas.
