Ter habilidades adequadas para uma variedade de carreiras ajuda a explicar porque poucas mulheres procuram trabalhos associados à matemática e ciências, sugere uma nova pesquisa.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Pittsburgh e da Universidade de Michigan revelou que as mulheres podem ser menos propensas a querer carreiras em ciências, tecnologias, engenharia e matemática, porque elas têm mais opções de carreira e não porque elas têm menos capacidade.
Como parte do estudo, os pesquisadores examinaram dados de 1.490 estudantes universitários norte-americanos que foram investigados à saída do colégio e novamente aos 33 anos. A pesquisa debruçou-se sobre vários aspectos das suas crenças motivacionais, valores e ocupações.
Os pesquisadores descobriram que os estudantes que demonstraram tanto altas habilidades matemáticas como verbais era um grupo que continha mais mulheres do que homens e tinha menos probabilidade de escolher uma profissão associada às ciências e matemáticas do que aqueles que tinham habilidades verbais moderadas.
Em contraste, os pesquisadores descobriram que os participantes que relataram sentir-se mais capazes e bem-sucedidos na matemática eram mais propensos a acabar num trabalho relacionado a essa área, principalmente entre os estudantes que tiveram altas capacidades matemáticas e moderada habilidades verbais.
Para os pesquisadores, os resultados provam que a matemática pode desempenhar um papel mais integral, no sentido da identidade destes alunos, atraindo-os para ocupações relacionadas. Além disso, também acreditam que os resultados mostram que uma mudança de estratégia é necessária para melhor aumentar a participação feminina em carreiras na matemática e áreas associadas. O estudo foi publicado recentemente na revista Psychological Science.