Empresas que esperam tomar melhores decisões devem contratar mais mulheres, de acordo com um novo estudo.
A pesquisa da Universidade McMaster, em Ontário revelou que as habilidades das mulheres para tomar decisões quando interesses conflitantes estão em jogo, torna-as melhores líderes empresariais.
Especificamente, o estudo constatou que as mulheres são mais propensas a considerar os direitos dos outros e a adotar uma abordagem cooperativa para a tomada de decisões, o que traduz em melhor desempenho para as suas empresas.
"Os nossos resultados mostram que ter mulheres no quadro já não é apenas a coisa certa, mas também a coisa certa a fazer", disse Chris Bart, um dos autores do estudo e professor de gestão estratégica da Universidade McMaster. "As empresas com poucas diretoras podem realmente estar a enganar os seus investidores".
O estudo, que entrevistou mais de 600 diretores, revelou que os diretores do género masculino, que representaram 75% da amostra do estudo, preferem tomar decisões usando as regras, regulamentos e formas tradicionais de fazer negócios. Em comparação, as mulheres diretoras sentem-se menos constrangidas por estes parâmetros e mais preparadas para balançar o barco.
A pesquisa também descobriu que as mulheres diretoras são significativamente mais propensas a ter em conta os interesses das várias partes interessadas, a fim de chegar a uma decisão justa e moral. Além disso, as mulheres tendem a usar a colaboração, a cooperação e a construção de consensos mais vezes, e de forma mais eficaz, a fim de tomar decisões sensatas.
"As mulheres parecem estar predispostas a serem mais curiosas verem mais soluções possíveis", disse Gregory McQueen, um dos co-autores do estudo. "Ao nível da direção, onde os diretores são obrigados a agir no melhor interesse da empresa, tendo os pontos de vista das várias partes interessadas em conta, esta qualidade torna-as mais eficazes".
