Ninguém está realmente certo da razão da existência do apêndice e alguns livros de biologia ainda se referem ao minúsculo órgão, localizado perto da junção do intestino grosso com o pequeno, como um "órgão vestigial".
Mas ultimamente, os pesquisadores têm-se focado na função do apêndice: William Parker, imunologista do Centro Médico da Universidade de Duke, em Durham, EUA, sugeriu que as funções do órgão têm um papel crítico para as bactérias do intestino.
De acordo com a hipótese de Parker, durante os tempos de infecção, quando micróbios perigosos superam o trato intestinal, o apêndice liberta bactérias intestinais benéficas após o sistema imunológico eliminar os micróbios invasores. A eventual necessidade de um apêndice está a ganhar apoio adicional entre os pesquisadores médicos, e as provas vêm de biologia evolutiva.
Uma equipa de pesquisadores, incluindo Parker e F. Heather Smith, biólogo evolucionário da Universidade do Centro-Oeste, em Glendale, Arizona, descobriram que um órgão como um apêndice tem evoluído de forma independente pelo menos 32 vezes diferentes, em mamíferos diferentes, através da árvore evolutiva.
O relatório, publicado na última edição da Comptes Rendus Palevol, sugere fortemente que o apêndice de fato desempenha um papel importante na saúde de mamíferos. Embora a comunidade científica ainda não saiba da exata natureza e função do apêndice, muitos concordam que esta pesquisa é um passo importante para a compreensão do órgão ainda misterioso.