Doar é realmente melhor do que receber, confirmou uma nova pesquisa. Os cientistas constataram que as pessoas tanto de países ricos como pobres dizem que se sentem melhor a doar dinheiro para caridade, a gastar dinheiro nos outros ou a dar aos outros do quando compram algo para si próprios.
Esta constatação simples, no entanto, sugere que o sentimento positivo que uma pessoa tem depois de dar a outra pessoa pode ser um componente da natureza humana. "As nossas descobertas sugerem que a recompensa psicológica experimentada ao ajudar os outros pode estar profundamente enraizada na natureza humana, surgindo em diversos contextos culturais e económicos", disse a principal autora Lara Aḳnin da Simon Fraser University, no Canadá.
Para provar isso, Aḳnin e uma equipa de pesquisadores estudou uma votação de 234.917 pessoas de 126 países ao redor do mundo. Eles descobriram que os entrevistados em todo o mundo experienciavam sentimentos de bem-estar depois de darem aos outros. Esses sentimentos foram universais entre as pessoas de diferentes níveis de rendimento, estruturas sociais e de países com diferentes níveis de liberdade e corrupção.
Os pesquisadores dizem que as pessoas são mais propensas a experimentar os ganhos de bem-estar porque dar aos outros é mais memorável do que gastar dinheiro em si. Em todas os experiências, os entrevistados mais facilmente se lembravam das vezes em que compravam algo para alguém do que quando compravam algo para si próprios, dizem os pesquisadores.
"De uma perspectiva evolutiva, os benefícios emocionais que as pessoas experimentam quando ajudam os outros age para encorajar um comportamento generoso benéfico e, a longo prazo, a sobrevivência humana", disse Aḳnin. A pesquisa foi publicada no jornal da Associação Americana de Psicologia, o Journal of Personality and Social Psychology.
