Os ataques cardíacos têm um maior impacto emocional sobre as mulheres do que os homens, sugerem os resultados de uma nova pesquisa.
A pesquisa, da Gallup-Healthways, entrevistou mais de 353 mil americanos, homens e mulheres com idades acima dos 18 anos, em 2012. Os participantes foram questionados acerca de experimentarem certas emoções no dia anterior, como prazer, preocupação, tristeza, stress, raiva e felicidade, e se haviam sorrido ou não.
De acordo com as suas respostas, os participantes receberam uma pontuação global para a saúde emocional, um indicador de quão bem eles estavam a nível emocional, com scores mais elevados a indicar melhor saúde emocional.
As mulheres que tinham sofrido um ataque cardíaco prévio tiveram, em média, um score de 73 em possíveis 100, sendo cerca de 8 pontos menor do que a pontuação para as mulheres que não tinham experimentado um ataque cardíaco. Essas mulheres tiveram 81 em 100.
Os homens que tiveram anteriormente um ataque cardíaco também apresentaram menores scores de saúde emocional do que os homens que não passaram por um, mas a diferença não foi tão grande: apenas quatro pontos a menos, 77 contra 81.
As mulheres são menos propensas a relatar que sofreram um ataque cardíaco do que os homens (3,8% contra 6,4%), mas são duas vezes mais propensas do que os homens a morrer dentro de algumas após ter um, diz a Gallup-Healthways. Os resultados sugerem que as mulheres podem necessitar de apoio de saúde mais social e mental quando se estão a recuperar de um ataque cardíaco.
Os resultados das pesquisas mostram apenas uma associação e não podem provar que a experiência de um ataque cardíaco leva uma pior saúde emocional. Na verdade, pode ser que as pessoas que têm pior saúde emocional sejam mais suscetíveis a ataques cardíacos, diz a Gallup-Healthways.
No entanto, os resultados estão de acordo com pesquisas anteriores que descobriram que mulheres de meia idade são mais propensas a relatar satisfação reduzida com a vida depois de um ataque cardíaco. Quase 50% das mulheres desse estudo que tinham um histórico de ataque cardíaco, também tinham experimentado depressão.
Pesquisas anteriores do Gallup-Healthways descobriram que as mulheres que sofrem de cancro e diabetes também têm uma saúde emocional menor do que as mulheres que não têm essas condições.
