Antioxidantes podem não ajudar a prevenir a AVC ou demência

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http://www.ciencia-online.net/2013/02/antioxidantes-podem-nao-ajudar-prevenir.html
Ao contrário do que sugeriam pesquisas anteriores, uma dieta rica em antioxidantes pode não reduzir o risco de uma pessoa ter AVC ou desenvolver demência, afirma um novo estudo.

Os pesquisadores analisaram informações de mais de 5.300 pessoas com idades superiores ou iguais a 55 anos na Holanda. Os participantes responderam a perguntas sobre a frequência com que comiam certos alimentos e as suas respostas foram utilizados para calcular o nível total de antioxidantes nas suas dietas.

Quatorze anos depois, cerca de 600 pessoas tinham desenvolvido demência e 600 tinham sofrido um acidente vascular cerebral. As pessoas que relataram as dietas ricas em antioxidantes tinham a mesma probabilidade de desenvolver demência ou de ter um acidente vascular cerebral durante o período do estudo como os indivíduos que consumiram dietas baixas em antioxidantes.

Curiosamente, estudos anteriores que utilizaram as informações desse mesmo grupo de pessoas encontraram uma ligação entre o consumo de vitamina E e um menor risco de demência, e entre o consumo de vitamina C e um menor risco de acidente vascular cerebral. Ambas as vitaminas são tipos de antioxidantes.

No estudo atual, a diferença entre uma dieta rica em antioxidantes e uma dieta baixa em antioxidantes foi principalmente ligada à quantidade de café e chá que as pessoas bebiam. (Estas bebidas contêm antioxidantes chamados flavonóides).

No entanto, se as pessoas obtiverem a maior parte dos seux antioxidantes a partir de frutas, vegetais e nozes, o efeito sobre a demência e o risco de AVC pode ser diferente, afirmam os pesquisadores. Por exemplo, um estudo publicado no ano passado mostrou que as mulheres que comiam uma quantidade de frutas cítricas, como laranjas e toranjas, tinham 19% menos probabilidades de ter um acidente vascular cerebral durante um período de 14 anos.

É importante notar que todos estes estudos só olham para as associações e não podem demonstrar relações de causa-efeito. O novo estudo foi publicado a 20 de fevereiro na revista Neurology.
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