Perfil do Facebook pode expor Doença Mental

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http://www.ciencia-online.net/2013/01/perfil-do-facebook-pode-expor-doenca.html
O perfil de uma pessoa no Facebook pode revelar sinais de doença mental que podem não necessariamente emergir numa sessão com um psiquiatra, sugere um novo estudo.

"A beleza da atividade de mídia social como uma ferramenta de diagnóstico psicológico é que ele remove alguns dos problemas associados com as auto-declarações dos pacientes", disse a pesquisadora do estudo, Elizabeth Martin, doutoranda em psicologia na Universidade de Missouri.

A equipa de Martin recrutou mais de 200 estudantes universitários que tiveram de preencher questionários para avaliar os seus níveis de extroversão, paranóia, gosto de interações sociais, e endosso em crenças estranhas. (Por exemplo, eles foram questionados se concordavam com a afirmação: "Algumas pessoas podem fazer-me ciente delas apenas por pensarem em mim").

Os alunos também foram convidados a entrar no Facebook. Eles foram informados de que teriam a opção de esconder partes do seu perfil antes de alguns serem impressos para os pesquisadores examinarem. "Ao incentivar os pacientes a partilhar a sua atividade no Facebook, fomos capazes de ver como eles se expressaram naturalmente", explicou Martin.

Os participantes que apresentaram níveis mais elevados de anedonia social - uma condição caracterizada pela falta de prazer a partir de interações sociais - tinham tipicamente menos amigos no Facebook, partilhavam menos fotos e comunicavam com menos frequência, descobriram os pesquisadores.

Enquanto isso, aqueles que esconderam mais da sua atividade no Facebook antes de apresentar os seus perfis aos pesquisadores estavam mais propensos a ter crenças estranhas e mostrar sinais de aberrações percetivas. Eles também apresentaram níveis elevados de paranóia. "No entanto, deve notar-se que os participantes mais paranócos não diferiram dos restantes participantes em termos da quantidade de informações pessoais partilhadas", escreveram os pesquisadores no seu estudo detalhado a 30 de dezembro de 2012, na revista Psychiatry Research

Esta constatação sugere que este grupo pode aprtilhar informações mais confortavelmente num ambiente online do que nas interações face-a-face com o experimentador. Os pesquisadores disseram que as informações extraídas de sites de redes sociais poderiam potencialmente ser usadas para informar materiais de diagnóstico e estratégias de intervenção para pessoas com problemas de saúde mental.

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