Novo estudo suporta "constante cosmológica" de Einstein

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http://www.ciencia-online.net/2013/01/novo-estudo-suporta-constante.html
Um novo estudo de uma das constantes fundamentais do universo lança dúvidas sobre uma teoria popular de energia escura, dizem os cientistas.

A energia escura é o nome dado para o que está a fazer com que a expansão do Universo se acelere. Uma teoria prevê que uma entidade imutável que permeia o espaço chamada de constante cosmológica, originalmente sugerida por Albert Einstein, está por trás de energia escura. Mas uma alternativa popular, chamado campos escalares rolantes, sugere que o que está a causar a energia escura não é uma constante, mas mudou com o tempo.

Se isso fosse verdade, porém, tal deveria ter causado alterações nos valores de outras constantes fundamentais da natureza. E uma nova medição de uma constante, a proporção entre a massa do protão e a massa do electrão, mostra que esta constante permaneceu notavelmente estável ao longo do tempo. O protão e o electrão são duas partículas fundamentais que formam os átomos no interior das estrelas, galáxias e pessoas. 

Recentemente, uma equipa de astrónomos usou o radio-telescópio alemão Effelsberg de 100 metros para observar moléculas de álcool numa galáxia distante, e descobriram que os protões e electrões nos átomos dessas moléculas "pesavam o mesmo como os daqui da Terra". Porque a galáxia se encontra a 7.000 milhões de anos-luz de distância, a sua luz levou tanto tempo (7.000 milhões de anos) a viajar para a Terra e, portanto, estamos a ver como ele era nessa época. 

Sendo a idade do universos aproximadamente de 13,7 mil milhões de anos, as observações sugerem fortemente que esta constante fundamental manteve-se praticamente inalterada, pelo menos, ao longo dos últimos 7.000 milhões de anos. Com base nessa constatação, que foi detalhada na edição de 14 de dezembro da revista Science, o astrónomo da Universidade do Arizona, Rodger Thompson, calculou o quanto a relação de massa protão-electrão mudou ao longo do tempo, para verificar se a teoria dos campos escalares rolantes era verdadeiras. Ele descobriu que as previsões não correspondem aos dados.

Este resultado apoia a ideia da constante cosmológica de Einstein. "Basicamente, ele diz que alternativas à teoria de Einstein estão realmente a ficar sem espaço aqui", disse Thompson. "Isso coloca algumas restrições muito sérias outras teorias cosmologias". No entanto, a teoria da constante cosmológica não é a ideal para qualquer um. O valor esperado da constante, com base na física conhecida, é um número maior do que 10 para a potência de 60 (um seguido de 60 zeros), que é muito grande para explicar o universo como vemos.
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