Neurónios recém descobertos ligados a pressão arterial elevada

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http://www.ciencia-online.net/2013/01/neuronios-recem-descobertos-ligados.htmlA pressão arterial elevada acaba de ganhar um novo culpado: uma célula cerebral recém-descoberta.

Enquanto os suspeitos do costume para o risco cardíaco - problemas de peso, stress, tabagismo, essas fatias de bacon salgado [veja mais aqui] - contribuem para a pressão arterial alta, os pesquisadores acham que descobriram um novo cluster de neurónios que também desempenham um papel importante.

Pesquisadores da Suécia observaram o cluster previamente desconhecido de células nervosas no cérebro de ratos, descobrindo que as células afetam a pressão sanguínea dos animais e outras funções cardiovasculares. Se esses neurónios também existem no cérebro humano, os cientistas e médicos podem ter um novo caminho para combater a hipertensão (pressão arterial crónicamente elevada) e outros problemas cardíacos.

Estas células, que são parte de uma família de nervos conhecidos como neurónios parvalbuminérgicos, estão localizados no hipotálamo do cérebro do rato, uma região que ajuda funções de controlo involuntárias, tais como sede, temperatura do corpo e pressão arterial. 

Jens Mittag, biólogo molecular da Karolinska Institutet da Suécia, e a sua equipa concentraram-se em ratos que tinham mutações num receptor celular para a hormona da tiróide. Este defeito impediu os seus corações de responder normalmente a estímulos stressantes, como mudanças de temperatura ambiental.

Problemas hormonais da tiróide têm sido conhecidos por afetar diretamente o coração nos seres humanos. Para determinar se o hipotálamo também desempenha um papel, Mittag e sua equipa digitalizaram os cérebros dos ratos, tendo verificado que no hipotálamo faltava um número significativo de neurónios parvalbuminérgicos.

Os pesquisadores explicam que a hormona da tiróide é, em parte, responsável por fazer esses neurónios especiais. Os ratos com a falta de atividade na hormona da tiróide não tiveram sucesso a formar esses neurónios parvalbuminérgicos durante o desenvolvimento embrionário. Os investigadores confirmaram o papel destes neurónios numa outra experiência em que se destruiu as células noutros ratos com a ajuda de um vírus. Esta acção levou a problemas de hipertensão e de frequência cardíaca na presença de variações de temperatura.

Antes dos cientistas poderem pensar sobre a segmentação desses neurónios no tratamento da hipertensão em humanos, são necessários mais estudos para confirmar que essas células estão presentes em cérebros humanos e realizam esses mesmos trabalhos. No meio tempo, Mittag disse que o estudo ressalta a importância de assegurar que as mulheres grávidas produzam uma quantidade suficiente de hormona da tiróide. 

Sem ela, o cérebro do feto não se pode desenvolver de forma adequada e, de acordo com este estudo, os problemas cardiovasculares de uma falta de neurónios parvalbuminérgicos pode ser apenas mais um problema para o feto, que pode ser causado pela produção insuficiente da hormona da tiróide na mãe. A pesquisa foi detalhada online a 21 de dezembro no Journal of Clinical Investigation.
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