A inteligência emocional e inteligência geral podem estar mais ligados do que se pensava, sugere uma nova pesquisa.
Num grupo de veteranos do Vietname, os resultados dos testes de QI e de inteligência emocional, ou a capacidade de perceber, compreender e lidar com a emoção em si mesmo ou nos outros, estavam ligados. E em exames cerebrais, as mesmas regiões do cérebro pareciam executar tarefas emocionais e cognitivas. Os resultados foram publicados na revista Social Cognitive & Affective Neuroscience.
No passado, os cientistas acreditavam que a inteligência emocional e inteligência geral eram distintas, e os livros e filmes estão cheios de descrições de pessoas intelectualmente brilhantes, mas socialmente inadaptadas. Mas os investigadores perguntaram-se se a inteligência emocional e QI estariam mais fortemente ligados do que se pensava. Para o descobrir, a equipa usou testes de inteligência emocional e de inteligência, em 152 veteranos do Vietname.
A equipa de investigação descobriu que os resultados dos testes de QI subiam na mesma proporção das medidas de habilidades sociais. Em seguida, eles estudaram imagens do cérebro dos veteranos. Os participantes haviam sofrido lesões em diferentes partes do cérebro, por isso os pesquisadores criaram um mapa do cérebro, tendo-o partido em pequenas secções. Eles, então, compararam os resultados de inteligência emocional e geral entre aqueles com e sem lesões para cada secção individual.
Aqueles com lesões cerebrais no córtex frontal e no córtex parietal tiveram prejuízos na inteligência geral e emocional. O córtex frontal desempenha um papel fundamental na regulação do comportamento de planeamento e de memória, enquanto que o córtex parietal desempenha um papel importante na compreensão da linguagem.