Enquanto as pessoas ao redor do mundo lutam para tentar dar sentido aos recentes assassinatos em massa, como o tiroteio na escola de Newtown, em Connecticut, pesquisadores genéticos também estão a envolver-se.
O ADN de Adam Lanza, o atirador de 20 anos de idade no caso de Newtown, será examinado para determinar se ele possuía quaisquer anormalidades genéticas que poderiam ter levado ao seu comportamento violento.
H. Wayne Carver, que realizou exames post-mortem nas vítimas do tiroteio de Newtown, ordenou os teste de ADN, de acordo com o Daily Mail. Geneticistas da Universidade de Connecticut vão conduzir a pesquisa, que pode incluir o sequenciamento do genoma inteiro de Lanza para determinar se ele tinha mutações no seu ADN.
Uma ligação entre genética e comportamento violento tem sido sugerida por diversas pesquisas. Em 2011, pesquisadores da Universidade de Nebraska, Lincoln, descobriram que um gene chamado NRXN3 associava-se ao comportamento impulsivo e à dependência nos homens. E variantes de um determinado gene MAOA de baixa atividade - o chamado "gene guerreiro" - foram encontrados em meninos que estavam mais propensos a participar em gangues, e envolver-se em violência e uso de armas.
Mas as tentativas de ligar a biologia ao comportamento criminoso tem um passado duvidoso. A Frenologia, um pseudociência popular do século 19, ligava as formas da cabeça a certos traços de personalidade - incluindo uma propensão para o crime, como demonstrado por uma baixa testa ou queixo inclinado - tal pseudociência acabou por ser completamente desmascarada.
Em 1965, uma outra teoria, agora descartada, propôs que os homens com um cromossomo Y extra "nasciam criminosos", de acordo com o New York Times. Esses esforços para prever ou controlar o comportamento delinquente podem expressar o nosso desejo de entender crimes que desafiam a compreensão - como o abate de 20 crianças numa escola primária em Newtown.
