Bullying pode alterar expressão de genes, descobriu estudo

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http://www.ciencia-online.net/2013/01/bullying-pode-alterar-expressao-de.html
O bullying pode deixar cicatrizes duradouras no ADN dos miúdos para além da sua psique, sugere uma nova pesquisa.

Um pequeno estudo descobriu que as crianças vítimas de bullying são mais propensas a ter modificações na expressão de um gene envolvido na regulação do humor em comparação com os seus irmãos gémeos idênticos que não foram intimidados.

"Uma vez que eram gémeos idênticos que vivem nas mesmas condições, as mudanças na estrutura química que envolve o gene não podem ser explicadas pela genética ou ambiente familiar", disse a pesquisadora Isabelle Ouellet-Morin. "Os nossos resultados sugerem que as experiências de vitimização são a fonte de tais mudanças".

Ouellet-Morin, do Kings College de Londres e da Universidade de Montreal, e a sua equipa examinaram 28 pares de gémeos idênticos, nascidos entre 1994 e 1995. Em cada um desses 28 pares, um gémeo tinha sido vítima de bullying, enquanto o outro não. 

Parte da pesquisa incluiu a análise do ADN de metilação do SERT nas crianças, um gene que é responsável pelo transporte de serotonina, um neurotransmissor envolvido na regulação do humor e na depressão. (Metilação do ADN é um processo químico que afecta ou não se um gene se expressa em resposta a sinais físicos e sociais)

Os gémeos intimidados tinha uma maior metilação de ADN no SERT aos 10 anos em comparação com os seus gémeos não-vítimas de bullying, segundo o estudo. Além do mais, as crianças com níveis mais elevados de metilação SERT haviam anulado respostas do cortisol ao stress. Essas alterações poderiam fazer as vítimas de bullying mais vulneráveis ​​a problemas de saúde mental com a idade, disseram os pesquisadores.

"Muitas pessoas pensam que os nossos genes são imutáveis, mas este estudo sugere que o ambiente, mesmo o ambiente social, pode afetar o seu funcionamento", disse Ouellet-Morin. "Este é particularmente o caso de experiências de vitimização na infância, que mudam não só a nossa resposta ao stress, mas também o funcionamento de genes envolvidos na regulação do humor". O estudo foi detalhado online a 10 de dezembro na revista Psychological Medicine.

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