As Cruzadas do Báltico deixaram grandes cicatrizes ecológicas e culturais em vilas medievais pagãs e evidências arqueológicas novas mostram que a campanha causou desflorestação, e empurrou espécies à extinção, podendo mesmo ter terminado com uma prática pagã de comer cães.
A partir do século XII e até ao século XVI, um grupo de cavaleiros germânicos cristãos conhecidos como a Ordem Teutónica travou uma guerra contra os pagãos, no que é hoje a Polónia, Lituânia, Letónia, Estónia, Bielorrússia e partes da Suécia e da Rússia. Um projeto arqueológico, liderada pelo pesquisador da Universidade de Stanford, Krish Seetah, foi juntar as mudanças que ocorreram durante este período, com destaque para "uso de animais selvagens" pelos cruzados.
Alguns dos resultados do projeto mostram como a Ordem Teutónica deveu o sucesso da sua conquista, em parte, aos seus cavalos, que eram muito maiores do que os usados pelo pagãos. Os pesquisadores também estão a comparar a preparação de alimentos através de culturas, através de uma análise de ferramentas de processamento e marcas de corte em ossos de animais.
A investigação preliminar da equipa mostrou também que os pagãos bálticos comiam cães, mas pararam de o fazer após o início da conquista germânica, refletindo os gostos dos invasores. E a "visão utilitarista da natureza e dependência de animais susceptíveis solicitou a extinção de algumas espécies, tais o auroque, um antepassado do gado de hoje, que rapidamente desapareceu depois da invasão cruzada". Além disso, a construção de castelos teutónicos limparam vastas extensões de floresta, levando à desflorestação de partes da região. As descobertas estão detalhadas na revista Science.
