A capacidade de usar palavras de uma criança pode afetar a forma como a mesma consegue lidar com a raiva mais tarde na vida, sugere um novo estudo.
Crianças com boas habilidades de linguagem aos 2 anos de idade expressaram menos raiva durante situações frustrantes aos 4 anos do que aquelas cujas competências linguísticas eram menos avançados, de acordo com as conclusões do estudo. Crianças cuja competência linguística se desenvolveu rapidamente também expressaram menos raiva aos 4 anos.
Embora pesquisas anteriores tenham sugerido uma ligação entre as competências linguísticas e a expressão de raiva em crianças pequenas, poucos estudos tinham seguido crianças ao longo do tempo. O novo estudo seguiu 120 crianças de 18 meses de idade até fazerem 4 anos.
As crianças foram periodicamente submetidas a testes que avaliaram as suas competências linguísticas e sua capacidade de lidar com tarefas frustrantes. Uma tarefa implicava que as crianças esperassem oito minutos antes de abrir um presente, enquanto a sua mãe terminava o trabalho.
As crianças foram periodicamente submetidas a testes que avaliaram as suas competências linguísticas e sua capacidade de lidar com tarefas frustrantes. Uma tarefa implicava que as crianças esperassem oito minutos antes de abrir um presente, enquanto a sua mãe terminava o trabalho.
Dois aspectos da linguagem parecem ajudar as crianças a controlar a sua raiva. Primeiro, as habilidades de linguagem mais desenvolvidas permitia aos filhos pedirem apoio aos pais durante uma situação frustrante (por exemplo, perguntar à mãe se ela terminou o trabalho). As crianças também usavam a linguagem para ocupar ou distrair-se de se irritarem.
"A aquisição de competências linguísticas pode ajudar as crianças a verbalizar ao invés de usar as emoções para transmitir as necessidades e usar a sua imaginação para se ocupar, mesmo suportando uma espera frustrante", disse a pesquisadora do estudo Pamela Cole, professora de psicologia na Universidade Estadual da Pensilvânia. O estudo foi publicado a 20 de dezembro) na revista Child Development.