Os pesquisadores dizem que há uma razão para os bebés fixarem-se em rostos. Mesmo antes de serem bons a distinguir entre formas básicas, os bebés com 4 meses de idade podem processar rostos de uma forma adulta, sugere um novo estudo.
Usando uma rede de sensores que é colocada sobre o couro cabeludo, os pesquisadores da Visão da Universidade de Stanford e do Laboratório de Desenvolvimento Neuropsicomotor rastrearam a atividade cerebral dos participantes infantis e adultos enquanto eram mostradas fotos diferentes.
Para os adultos, rostos e objetos familiares iguais solicitavam picos de atividade no lóbulo temporal, uma região fundamental para alto nível de processamento visual. Os pesquisadores observaram picos semelhantes nos bebés a olhar para rostos, o que indica que os bebés "ainda não eram especialistas em caras como os adultos, mas estavam bem no seu caminho", disse o pesquisador Faraz Farzin.
Mas nas crianças a olhar para objetos, o cérebro ao invés iluminou-se numa parte do lobo occipital responsável pelo processamento de mais baixo nível das características visuais, como contraste ou orientação, segundo os pesquisadores. A equipa, cuja pesquisa foi detalhada no Journal of Vision, disse que não está claro se as competências de identificação precoce da face dos bebés são intrínsecos ou se surgem ao ver um monte de caras numa base diária. E, como o professor de Stanford, Anthony Norcia explicou, os bebés encontram rostos e objetos em contextos muito diferentes.
O alto nível de processamento de rosto pode ser adicionado a uma lista crescente de habilidades incríveis do cérebro infantil que foram descobertos nos últimos anos. Por exemplo, um estudo de 2010 na revista Neuron descobriu que os bebés já usam processos mentais semelhantes a adultos para discernir o estado emocional de uma voz aos 7 meses de idade. E um estudo de 2009 na revista Developmental Psychology mostrou que bebés de 6 meses de idade poderiam combinar os sons amigáveis ou sons de rosnar com fotos de cães usando a linguagem corporal certa.