Os peixes que crescem em reservas protegidas são mais ingénuos do que aqueles em áreas de pesca regular e são mais fáceis de capturar, já que eles não viram as costas à primeira vista dos humanos. Mas uma nova pesquisa revela que essa ingenuidade persiste a uma curta distância fora das reservas, também.
Esta "ingenuidade" apresenta uma colheita inesperada para os pescadores que rondam a fronteira dessas áreas protegidas, e apresenta uma razão para que as reservas sejam apoiadas, de acordo com um comunicado da ARC - Centro de Excelência para Estudos de Recifes de Coralm, da Austrália, que conduziu o estudo.
Os peixes que crescem em reservas deixam os pescadores aproximar-se entre 1 e 2 metros mais perto do que os de fora, de acordo com o estudo publicado este mês na revista Ecology Letters. O "raio de ingenuidade" estende-se por pelo menos 150 mt além das reservas marinhas, segundo o estudo.
O estudo foi realizado nas Filipinas por uma equipa de cientistas da ARC, que disseram que as descobertas podem ajudar os pescadores locais a tornam-se mais a favor de reservas marinhas, uma vez que estas áreas fomentam a pesca abundante bem fora dos seus limites.
"Em face disso, este trabalho sugere que as reservas marinhas podem desempenhar um papel importante em colocar mais peixe na mesa das comunidades locais nestes locais tropicais, bem como a conservação das populações de peixes em geral, repondo aqueles que estão fora da reserva", disse o pesquisador Fraser Januchowski-Hartley.
