Uma pequena fração de carbono ajuda a explicar a estranha densidade luminosa do núcleo ferroso da Terra, descobriu uma nova simulação de computador.
Embora o núcleo é somente constituído por entre 0,1 a 0,8% de carbono, a bola de ferro é o maior reservatório de carbono do planeta, segundo os autores do estudo. Impenetrável a 2.890 quilómetros abaixo da superfície do planeta, o núcleo é um mistério atraente. A densidade de ferro puro é mais pesada do que o núcleo de densidade observada, a qual é calculada a partir de estudos sísmicos e de laboratório.
Ainda que a maior parte do núcleo seja de ferro, os cientistas supõe que ele deve conter uma pequena quantidade de elementos mais leves, tais como oxigénio e enxofre. Usando simulações em computador, os pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Academia Chinesa de Ciências em Pequim testaram se o elemento mais comum da Terra, o carbono, também se esconde no núcleo.
"Sabíamos a densidade do núcleo, e nós sabíamos que o ferro metálico e o níquel sozinhos não davam conta da densidade", disse Zhu Qing-Yin, professor de geologia e co-autor do estudo. "Você precisa de algo mais leve". Estimativas anteriores de o teor de carbono do núcleo têm diferido por um factor de 20, escreveu Yin no estudo.
No modelo de computador, o carbono foi um dos principais candidatos a elemento, outros incluíram oxigénio, silício, fósforo, magnésio, hidrogénio e azoto. Um conhecimento exato da influência do carbono pode ajudar a identificar o momento exato da formação do núcleo. "É sobre a compreensão da natureza da Terra", disse Yin. "Somos capazes de entender melhor os processos físicos e químicos envolvidos na formação da Terra". Os resultados apareceram online a 13 de novembro, na revista Proceedings.