Se você tende a antecipar sentimentos de culpa, você pode comportar-se mais eticamente, sugere um novo estudo. Em vários experiências, pesquisadores liderados pela psicóloga Taya R. Cohen, da Universidade Carnegie Mellon, mediram a propensão para a culpa em 270 participantes. As pessoas que têm elevada propensão a culpa antecipam o sentimento de culpa antes de cometerem uma transgressão e tendem a fazer a coisa certa mesmo quando ninguém está a observar.
Os pesquisadores descobriram que os participantes com níveis mais elevados de propensão de culpa eram menos propensos a tomar decisões de negócios anti-éticas, a mentir para ganho monetário ou a trapacear durante as negociações. Por exemplo, numa parte do estudo, um grupo de 153 participantes adultos foram confrontados com seis dilemas.
Num cenário, eles tiveram que decidir se aconselhariam a sua empresa a explorar uma brecha legal para explorar petróleo e gás num país onde é ilegal fazê-lo por causa das violações de direitos humanos. Eles iriam conseguir uma promoção grande e colher grandes lucros para a sua empresa se aproveitassem essa brecha. Enquanto 41% dos participantes com baixa propensão culpa disseram que provavelmente ou definitivamente exploravam a brecha, apenas 25% das pessoas com um alto nível de propensão a culpa, disse o mesmo.
Noutras experiências, os pesquisadores também descobriram que aqueles que eram mais propensos a culpa eram menos propensos a trabalhar até tarde, sem permissão, a roubar material de escritório e a ser rude com os clientes. O estudo foi publicado este mês na revista Current Directions in Psychological Science.
Os seus autores disseram que a escala de propensão de culpa que usaram tem o potencial de ser "uma ferramenta de medição importante para prever que os indivíduos tendem a comportar-se de forma anti-ética nas suas interações sociais dentro e fora do local de trabalho". Investigação adicional pode ser necessária para determinar se a escala será útil em outras circunstâncias, tais como a contratação de novos funcionários.
