Leões de Adis Abeba têm ADN que os distingue dos restantes leões

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O Jardim Zoológico de Adis Abeba, na Etiópia é o lar dos descendentes de uma coleção de leões que pertenciam ao falecido imperador Haile Selassie, reverenciado pelo movimento rastafári. Ao contrário de outros leões, esses grandes felinos têm crinas escuras que se estendem por todo o seu peito e barriga. Agora, pesquisadores dizem que seus genes também os distinguem.

Um grupo de cientistas liderados por Susann Bruche, do Imperial College of London, estudaram o ADN de oito machos e sete fêmeas no zoológico. A equipa descobriu que os leões são geneticamente distintos de todos os outros leões existentes.

Os machos no Zoo de Adis Abeba são considerados os últimos leões com essas crinas grossas e escuros. Acredita-se que as populações selvagens tenham desaparecido devido à caça excessiva, disseram os pesquisadores, mas alguns avistamentos de leões com crinas semelhantes foram relatadas no leste e no nordeste da Etiópia.

Os pesquisadores disseram que levantamentos de campo poderiam confirmar esses relatos. Mais urgentemente, um programa de reprodução em cativeiro no zoológico poderia garantir que a população minúscula não morra.

"Uma grande quantidade de diversidade genética nos leões ter-se-á provavelmente perdido, em grande parte devido à influência humana", disse Bruche. "Todo o esforço deve ser feito para preservar o máximo do património genético do leão. Esperamos que levantamentos de campo identifiquem os parentes selvagens dos leões de Adis Abeba no futuro, mas a população e a conservação em cativeiro é um primeiro passo fundamental". O estudo foi publicado no European Journal of Wildlife Research.

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