Arqueólogos acreditam ter encontrado a primeira evidência física do local onde Júlio César morreu, de acordo com uma nova pesquisa. César, o chefe da República Romana, foi esfaqueado até à morte por um grupo de senadores romanos rivais a 14 de Março de 44 AC. O assassinato está bem documentado por textos clássicos, mas até agora, os pesquisadores não tinha nenhuma evidência arqueológica do local onde aconteceu.
Agora, os arqueólogos desenterraram uma estrutura de quase 3 metros por 2 metros, que pode ter sido erigida pelo sucessor de César para condenar o assassinato. A estrutura é a base da Cúria, ou Teatro, de Pompeu, o local onde os escritores clássicos relataram o esfaqueamento.
"Nós sempre soubemos que Júlio César foi morto na Cúria de Pompeu, pois os textos clássicos mostram isso, mas até agora nenhuma prova material deste fato, tantas vezes retratada na pintura historicista e no cinema, foram recuperados" disse Antonio Monterroso, pesquisador do National Research Council espanhol.
Textos clássicos também dizem que um ano após o assassinato, a Cúria foi fechada e transformada numa capela em memória de César. Os pesquisadores estão a estudar este edifício, juntamente com outro monumento no mesmo complexo, o Pórtico das Cem Colunas, ou Hecatostylon, à procura de ligações entre a arqueologia do assassinato e o que foi retratado na arte.