Um novo estudo descobriu que falar das emoções em voz alta pode ajudar uma pessoa a enfrentar os seus medos. Pessoas que temem aranhas sentem-se menos angustiadas ao aproximarem-se de uma tarântula grande e peluda, quando dizem em voz alta que estão com medo.
A vociferação do medo foi uma tática mais eficaz em banir realmente o medo do que a calmante auto-conversa ("a pequena aranha não me pode magoar") mais frequentemente utilizada quando as pessoas enfrentam as suas fobias, disse o pesquisador do estudo Michelle Craske, psicólogo da Universidade da Califórnia, EUA.
De forma concreta, os pesquisadores testaram o medo num cenário do mundo real, pedindo a 88 voluntários que temiam aranhas para se sentar em frente a um recipiente transparente e segurar uma tarântula ao vivo. Um quarto dos voluntários foram convidados a nomear simplesmente as suas emoções enquanto observavam a aranha.
O segundo grupo de voluntários foi orientado a acalmar-se com palavras, dizendo coisas altas como "Que pequena aranha, não me pode magoar, eu não tenho medo dela". Um terceiro grupo conversou sobre algo irrelevante para a aranha e seus medos, e o quarto grupo não disse nada.
Uma semana depois, os mesmos participantes voltaram a enfrentar a tarântula cara-a-cara, mas ao ar livre. Eles foram orientados a aproximarem-se o mais que pudessem da aranha e tocá-la com um dedo, se possível. Os investigadores gravaram o quão perto os voluntários chegaram da aranha.
Como resultado, os participantes que francamente declararam o seu medo de aranhas uma semana antes foram capazes de chegar mais perto, com menos sofrimento do que os outros três grupos.