Nanotubos de carbono - um material sintético muitas vezes mais fino do que um comprimento de onda da luz visível - pode ser usado para criar hologramas altamente detalhados, dizem os pesquisadores. Estes tubos de carbono são tubos ocos com apenas nanómetros, ou bilionésimos de metro, de largura. Eles possuem uma série de extraordinárias propriedades físicas e elétricas, tais como ser cerca de 100 vezes mais forte que o aço com um sexto do peso.
Gigantes industriais, agências governamentais e institutos académicos de todo o mundo estão a investigar os nanotubos de carbono como os ingredientes chaves para dispositivos de amanhã. Este trabalho inclui pesquisas sobre uma variedade de aplicações envolvendo a luz - hologramas, por exemplo.
Hologramas são um tipo especial de fotografia 2D que, quando iluminada, parecem janelas para cenas 3D. Os pixeis que compõem dispersam a luz do holograma caindo sobre eles de formas muito específicas, fazendo com que essas ondas de luz interajam umas com as outras para gerar imagens com profundidade.
Quanto menores os pixeis que compõem os hologramas, maior a resolução. Agora, os cientistas criaram hologramas usando pixeis muito mais pequenos - os nanotubos de carbono. Os pesquisadores usaram nanotubos de carbono de paredes múltiplas - tubos dentro de tubos - que tinham, em média, 140 nanómetros de diâmetro, ou cerca de 700 vezes mais finos que um cabelo humano.
Estes foram cultivados em superfícies de silício, como colunas a saír do chão, cada um atingindo cerca de 1500 nanómetros de altura. Estes monitores holográficos e seus pixeis são muito sensíveis às alterações nas propriedades dos materiais e na luz recebida.
Embora promissores, os nanotubos de carbono ainda são caros para fabricar, por isso a equipe está a investigar outros materiais que poderiam gerar hologramas de maneiras similares. Além disso, esses hologramas são estáticos, mostrando fotografias. No futuro, os pesquisadores esperam fazer os pixeis ajustáveis que talvez pudesse levar a imagens mutáveis ou mostrar até mesmo vídeos.
Isso pode ser possível através da integração destes pixeis com o tipo de cristais líquidos muitas vezes visto em modernos monitores planos. Os cientistas detalharam as suas descobertas na revista Advanced Materials.