Mentimos quando o tempo de resposta é curto

0


http://www.ciencia-online.net
Uma nova pesquisa sugere que um pouco mais de tempo pode tornar-nos mais honesto. Um estudo descobriu que as pessoas são mais propensas a mentir quando estão sob pressão de tempo para dar uma resposta.



No estudo, um grupo de pesquisadores internacionais instruiu cerca de 70 participantes adultos a rolar um dado três vezes. Os indivíduos, que estavam fora da visão dos pesquisadores, foram aconselhados a relatar apenas o resultado de seu primeiro lançamento, sendo que ganhavam mais dinheiro se o resultado fosse mais elevado. 

Alguns foram instruídos a reportar o resultado em 20 segundos e outros tinham tempo ilimitado para dar uma resposta. Ao comparar as respostas dos participantes aos que seria de esperar, os pesquisadores determinaram que os dois grupos mentiram, mas aqueles sob pressão de tempo eram mais propensos a fazê-lo.

Os investigadores acreditam que os participantes relataram provavelmente o maior número que obtiveram, mesmo que tenha ocorrido na segunda ou terceira tentativa. Eles provavelmente sentiram-se justificados em fazê-lo, porque realmente tinham obtido esse número, só não à primeira vez.

Numa segunda versão da experiência, os participantes só rolaram o dado uma só vez e relataram o resultado. Desta vez, aqueles sob pressão de tempo eram mais propensas a mentir, enquanto que aqueles sem uma restrição de tempo disseram a verdade mais vezes.

Os pesquisadores dizem que as experiências sugerem que as pessoas são mais propensas a mentir quando têm o tempo curto, mas sem a pressão do tempo podem só mentir quando são capazes de racionalizar a inverdade, defende o psicólogo Shaul Shalvi, da Universidade de Amesterdão, Holanda, e autor do estudo. 

Neste sentido, para promover a honestidade nos negócios ou configurações pessoais, o estudo sugere que é importante não empurrar uma pessoa a um canto. O estudo de Shalvi, que foi realizado em colaboração com Ori Eldar e Yoella Bereby-Meyer, da Universidade Ben Gurion, em Israel, foi publicado na revista Psychological Science.



Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)