As pessoas que foram amamentadas em bebés podem ter um menor risco de depressão na idade adulta, sugere um novo estudo na Alemanha. Os pesquisadores examinaram 52 pessoas, cuja média de idade era de 44, que estavam a ser tratadas para a depressão major numa instalação hospitalar, tendo-os comparado com 106 pessoas saudáveis, que nunca tinham sido diagnosticadas com depressão.
Os resultados mostraram que 73% dos participantes sem depressão tinham sido amamentados, enquanto que nas pessoas com depressão, somente 46% foram amamentados. A associação manteve-se mesmo quando os pesquisadores tiveram em conta fatores que poderiam afetar o risco dos participantes de ter depressão, tais como género, idade e nível de ensino da mãe.
Além disso, os pesquisadores descobriram que o tempo de amamentação não importa em termos de risco de depressão. Embora a descoberta sugira uma ligação, não sugere uma relação de causa e efeito entre a amamentação e a depressão, disseram os pesquisadores. Como se pode explicar estes resultados?A amamentação pode indicar a qualidade geral da relação mãe-bebé e outros aspectos desta relação podem ser fatores protetores contra a depressão.
De igual forma, a amamentação poder aumentar os comportamentos que têm sido associados com a hormona oxitocina nas mães, e que se acredita protegerem contra o stress. No mesmo sentido, também pode ser que os componentes do leite materno promovam o desenvolvimento do cérebro de uma forma que ajuda a prevenir a depressão.
Estudos anteriores haviam ligado a amamentação com um menor risco de condições, tais como hipertensão e obesidade, mais tarde na vida. Também foi mostrado que o desmame precoce está relacionado com um maior risco de dependência de álcool, disseram os pesquisadores no seu artigo publicado na revista Psychotherapy and Psychosomatics.