O Degelo do Ártico

Dygnim

O gelo do Ártico, a capa branca que cobre a água no norte do planeta, derreteu para um nível recorde. No entanto, é improvável que o gelo pare de derreter de forma drástica. O gelo do Ártico derrete durante o verão, atingindo o seu mínimo anual geralmente em Setembro.
No passado domingos (26 de Agosto), a expansão do gelo ártico caiu para 4,10 milhões de quilometros quadrados), superando a baixa anterior, estabelecido 2007, pelo National Snow and Ice Data Center (NSIDC), dos EUA.

No entanto, é improvável que o degelo deste ano pare em breve, já que a temporada de degelo ainda tem mais duas ou três semanas. Os registos contínuos do gelo marinho efectuados por satélite começaram em 1979, sendo que nos últimos anos os dados de satélite mostraram uma mudança na cobertura do gelo flutuante. De facto, com os dados deste ano, os últimos seis anos têm apresentado as menores extensões de gelo desde que há registos por satélite, segundo os relatórios do NSIDC.

Os cientistas atribuem este facto a uma combinação de forças naturais, por exemplo, uma tempestade no início de Agosto que coincidiu com uma aceleração da fusão que ocorreu simultaneamente. No entanto, ao longo do tempo, os efeitos dos ventos, nuvens e outras condições naturais deve, em teoria, equilibrar-se. É a emissão de gases de efeito estufa, que altera a tendência a longo prazo, fomentando o aquecimento do planeta. De facto, o degelo este ano foi muito mais rápido do que normalmente acontece nesta esta época do ano.

O gelo do mar é importante para os animais, como os ursos polares e morsas, que dele dependem para o seu habitat e os cientistas temem que a perda de gelo possa ter consequências graves para eles. De igual forma, o gelo do mar afeta também o clima e o tempo global, pois reflete a maior parte da energia do Sol de volta ao espaço. Se o gelo se derrete no mar, a água escura sob ele absorve a maior parte da energia, a qual, por sua vez entra no sistema natural. Por esse motivo os cientistas acreditam que o degelo das calotas marinhas vai agravar o aquecimento global.

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