As mulheres que comem amendoim durante a gravidez podem reduzir o risco do seu filho ter asma mais tarde na vida, sugere um novo estudo na Dinamarca levado a cabo por Ekaterina Maslova, da Harvard School of Public Health. No estudo, os filhos de mães que comeram amendoim, pelo menos uma vez por semana durante a gravidez apresentaram 21% menos probabilidade de desenvolver asma no momento em que fizeram 18 meses de idade, em comparação com filhos de mães que não comeram amendoim durante a gravidez. O estudo encontrou uma ligação semelhante entre comer nozes e amêndoas durante a gravidez e um menor risco de asma em crianças.
No entanto, a constatação de que comer nozes na gravidez, protege contra o desenvolvimento de asma é uma descoberta nova e requer mais pesquisas para ser factualmente confirmada. De facto, é possível que os alimentos que as mães comeram durante a amamentação, ou os alimentos que as crianças comeram no início, tenham influenciado os resultados, fator que não foi abordada pelo estudo.
De forma mais aprofundada, no estudo descrito, que será publicado na edição de Setembro do Journal of Allergy and Clinical Immunology, os investigadores analisaram informações de quase 62 mil mulheres na Dinamarca que responderam a perguntas sobre seu consumo de amendoim e nozes durante a gravidez. As mulheres também relataram se os seus filhos tinham sido diagnosticados com asma aos 18 meses e 7 anos.
Cerca de 15% das crianças cujas mães comeram amendoim, pelo menos uma vez por semana durante a gravidez, apresentaram o diagnóstico de asma em 18 meses, enquanto 17,5% das crianças cujas mães nunca comeram amendoins foram diagnosticadas. Desta forma, comer nozes na gravidez reduziu o risco de asma em crianças em cerca de 25%.
A relação encontrada por este estudo pode ser explicada pelo facto de alguns nutrientes encontrados em frutos secos, tais como a vitamina E e o zinco, poderem influenciar o crescimento do pulmão, o desenvolvimento das vias aéreas e a função do sistema imunitário, podendo ser responsável pelo menor risco de asma. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esta hipótese.