Consumo de canabis na adolescência e declínio cognitivo

Dygnim

A desvantagem do consumo de cannabis foi clarificada. O estudo mais detalhado da droga considerando os seus efeitos a longo prazo mostra que aqueles que começam a consumir enquanto adolescentes, entram na meia idade com um défice de 8 pontos no QI, em comparação aos que não consomem. Crescem as evidências de que a cannabis pode beneficiar a saúde, mas as suspeitas do consumo permanecer persistente a partir de uma idade precoce pode ter um efeito negativo sobre a cognição. Confirmando estas suspeitas é complicado, porém, desde que o comprometimento cognitivo observado mais tarde na vida, poderia ter estado presente antes que de a droga ser usada pela primeira vez.


Para contornar o problema Meier Madeline na Universidade de Duke, em Durham, Carolina do Norte, e seus colaboradores usaram um estudo detalhado da saúde que se seguiu 1000 pessoas em Dunedin, Nova Zelândia, desde o nascimento até à idade de 38 anos. Os dados permitiram-lhes comparar a pontuação dos testes de QI efectuados pelos participantes aos 13 anos (antes de qualquer um deles ter começado a consumir canabis) com a pontuação de QI dos mesmos participantes enquanto adultos, em alguns casos, após anos de consumo de cannabis.

O estudo mostrou que aqueles que desenvolveram a dependência mais persistente da droga apresentaram o maior declínio subsequente no QI, perdendo seis pontos em média, independentemente de quão cedo o hábito começou. Dentro desse grupo, aqueles que começaram a consumir antes dos 18 anos apresentaram um declínio no QI de 8 pontos, em média.

Além disso, amigos e parentes próximos dos consumidores persistentes informaram que esses consumidores apresentaram problemas de memória e de atenção, incluindo esquecerem-se de pagar as contas e extravio itens comuns como chaves e carteiras.

A má notícia é que o dano não parece ser revertido depois de deixar o hábito. Embora pesquisas anteriores tenham apontado para o potencial impacto da cannabis no cérebro adolescente, este estudo é o primeiro a oferecer evidência de que a canabis tem, de facto, efeitos neurotóxicos em cérebros jovens.


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