Circuncisão: Benefícios VS Riscos

Dygnim
Os benefícios de saúde da circuncisão superam os riscos do procedimento de acordo com as novas recomendações de um grupo influente de médicos americanos. As recomendações, lançadas hoje (27 de agosto) pela Academia Americana de Pediatria (AAP), dizem que os benefícios do procedimento incluem a redução dos riscos de infecção por HIV, infecção do trato urinário e cancro do pénis. Mas a AAP também diz que os benefícios da circuncisão não são fortes o suficiente para recomendar a circuncisão a todas as crianças do género masculino. 

Embora quase 80% dos rapazes norte-americanos nascidos nos anos 1970 e 1980 tenham sido circuncidados, esse número diminuiu para 62,5% em 1999 e 54,7% em 2010, de acordo com um estudo recente. 


A AAP reviu estudos sobre a circuncisão realizadas entre 1995 e 2010. Estudos realizados na África mostraram que a circuncisão reduz o risco de adquirir HIV em 40 a 60% nos homens, diz a AAP. Há também boas evidências que sugerem que a circuncisão reduz o risco de infecção por papilomavírus humano (HPV) e a infecção por algumas estirpes de herpes genital. De igual forma, a circuncisão também tem sido associada à redução do risco de infecção do tracto urinário em rapazes com idade inferior ou igual a 2 anos.

Por outro lado, complicações agudas da circuncisão, incluindo infecção e sangramento, são raros e ocorrem em cerca de uma em cada 500 circuncisões, diz a AAP. No mesmo sentido, a circuncisão não parece afetar a função sexual masculina ou a sensibilidade sexual.

Em suma, os benefícios da circuncisão superam os riscos, mas não são grandes o suficiente para recomendar o procedimento para todas as crianças, dizem os médicos.
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